Tarde Morna
A tarde era morna. Já havia trabalhado bastante e se deitou um pouco para descansar. Foi se desligando e, repentinamente, levantou o corpo assustado. Deu-se conta do barulho do menino que jogava bola na quadra de um prédio vizinho e, com isso, percebeu que estava em seu prédio. Escutou, de forma mais suave, o som do seu filho que brincava na sala: definitivamente estava em casa. Poderia então dormir, subtrair-se um pouco da vida e saber que voltaria. Mas… para onde?
Psicóloga formada pela Universidade Paulista. Psicanalista, especialista em Psicologia Clínica e Teoria Psicanalítica pela PUC e Mestre em Psicanálise pela Universidade São Marcos.